Com a força impiedosa das ondas do teu mar, a vida afasta-me de ti. Durante muito tempo senti-me navegar contra o vento, lutar contra estas vagas de fúria a que chamamos mundo, extenuando o meu corpo, esgotando as forças do meu peito, à procura de um recanto onde te pudesse encontrar.

Mas um dia descobri que esse recanto estava bem próximo e não mais precisei de lutar; fechei os olhos e encontrei-te. E lá estavam os teus olhos negros que me apaixonaram; as dobras do teu rosto quando sorris, a magia do teu olhar que faz o meu coração palpitar de paixão; os contornos do teu corpo que invento e logo existem na minha mente; a tua pele enfeitiçada pelos deuses da beleza; todos os tons da tua voz que me faz sonhar.

Fecho os olhos e toda a tua luz me refresca a alma. E sorrio porque os teus cabelos me acariciam a alma quando te sonho.

És a luz. És o sol. És a festa que há em mim e que me faz vencer a solidão.

O amor é esta festa de te querer. Amo-te com a lembrança do teu sonho; amo-te apenas com esta memória. Com esta luz com que enches este recanto de mim onde fazemos este amor secreto.

Fica comigo, amarelinha… não deixes nunca de ser este sol de Inverno; este fogo que me faz sorrir.



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